Por Dynisson Conceição da Silva
Hoje, sexta-feira, 18 de maio de 2012. Realizou-se o sexto encontro
do grupo de estudo “Educação e Ruralidades”, na sala de reunião da
colegiado de Ciências Sociais da UFT-Campus de Tocantinópolis. Com base
na
temática anterior (do quinto encontro) e no mesmo texto (ARROYO,
Miguel Gonzalez. Por uma educação no campo. Ed. Vozes, 2004),
continuamos nossas discussões, das quais deram sequência ao debate
por meio de instigações como estas: “Por que o espaço rural é
visto como local de atraso e de restos? Os moradores do campo vão
desaparecer e o mesmo ficará vazio? E isto é para não pensarmos em
uma educação do campo? Ou devemos pensar estratégias curriculares
para um ensino que contemple a construção social de saberes, em que
se prezem os princípios científicos e a contextualização dos
conhecimentos com a realidade que cerca os educandos?” O professor
Samuel Côrrea Duarte (Cientista Político) disse: “Que o desafio
dos professores é sempre está fazendo uma ponte entre o que se tem
de ensinar no livro didático e o contexto cultural, social e
político em que está inserido o aluno”.
O diálogo do grupo não se limitou ao texto. Foram discutidas além
das temáticas: currículo e Avaliação, a questão da escola
inclusiva, que consequentemente se dá por meio de um melhor
entendimento destes temas. A aluna Katiane do curso de pedagogia
levantou uma questão muito minuciosa, sobre qual a nomenclatura
correta ao se referir a uma pessoa negra. “Devo chamar de “aquele
moreno”, “aquele Negro...” pois os usos de ambas já haviam
ocasionado uma reação não muito agradável por parte de seus
pares”, disse à aluna. Na ocasião apareceu a professora e
Antropóloga Rita, que esclareceu a questão: “Não existe uma
nomenclatura correta que funcione eficazmente para todas as
situações, isso depende do grupo em que a pessoa está inserida, da
relação e concepção que a pessoa tem de sua própria
identidade...” disse a professora. O aluno neto disse que: “o
racismo se percebe no tom da voz e o ultraje que a pessoa faz dos
termos, de como se dirige ao outro”... todos contribuíram neste
debate, em seguida a antropóloga Rita teve de se retirar, portanto
divulgou o trabalho do NEAF (Núcleo de Estudos Afros), do qual faz
parte.
Neste encontro foi montada a equipe responsável pela organização
do evento “Primeiro Encontro do Grupo de Pesquisas: Cultura,
Política e Educação (CEP)”, que será no dia 30 de Maio de 2012,
quarta-feira no auditório do campus. A equipe organizadora são os
integrantes do grupo de estudo Educação e Ruralidades. Ciências
Sociais e Pedagogia. Professores Samuel e Klívia, alunos Dynisson,
Geovani, Agenor, Katiane, Jossane, Renata e o nosso mais novo
integrante: Letanael.